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Autismo e viagem: o que incomoda? Como lidar com os fatores inesperados?

Victor Mendonça e Selma Sueli Silva

Férias… maravilhosas, cheias de encantos mil… Será? Um abraço para nosso amigo Pedro, filho da Rejane e do Jandir, que adora férias. É preciso que haja um planejamento para o período de férias, para criar uma rotina dentro das férias. É importante que nossos filhos saibam as regras das férias.

Outros autistas já não conseguem se sistematizar para o período de férias, e há mães autistas que também não dão conta da falta da rotina das férias. Essas mães não querem sair de casa, assistir aos filmes com o filho. Complica muito.

No caso das viagens, também é ruim. Aí, mais uma vez, é preciso sistematizar para ter uma certa ordem na cabeça de nossos pequenos. Deve-se planejar uma viagem de 60 quilômetros ou uma de 600. É muita coisa, malas para higiene, remédios, roupas, tudo pensado. É um treino que deve começar desde a infância. A viagem não começa quando você chega ao local escolhido. Começa bem antes: explicar para o filho que vai sair da rotina e que terá que se organizar para isso.

Há dois tipos de comportamentos básicos. As mães que conhecem seus filhos percebem em qual eles se enquadram. Tem autista que deve ser preparado pouco a pouco para o acontecimento das férias. E tem aqueles que não podem saber antes porque senão se desesperam. Eles precisam saber da viagem só no dia anterior.

O que seu filho não pode ficar sem de jeito nenhum? Ele é apegado a algum objeto, não vá esquecer dele, ok? Faça combinados antes com ele, porque o que é combinado não sai caro. Saber as regras do jogo permite que todo mundo jogue e não fique ninguém de fora. Ficar de fora, ser excluído, não é bom para ninguém. A paz do mundo começa com a gente, com a nossa família. A paz, a inclusão, tudo começa aqui, no mundinho da gente.

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