Para saber mais, acompanhe, por aqui, a entrevista com Dra. Táhcita Mizael, autista e pós-doutoranda em Psicologia Experimental pela USP. Ela fala sobre atravessamentos de raça, gênero e classe no autismo.
Dra Táhcita Mizael passou quase toda a vida em busca de respostas. Por exemplo, ela sabia que havia algo estranho com ela. Contudo, não sabia o quê. Dessa maneira, resolveu cursar psicologia. Assim, procurou ajuda, fez testes e veio a resposta: autista. O resultado a deixou feliz pois, finalmente, a psicóloga conseguiu entender vários episódios de suas vivências.
Foi quando, Táhcita passou a direcionar sua terapia, devido ao autoconhecimento. Aliás, ela pode pensar em estratégias. Desse modo, Táhcita pode se respeitar mais com suas características.
É preciso dizer que dra Táhcita é especialista em gênero e sexualidade. Desse modo, em seus estudos, ela percebeu um fato. Não havia um olhar mais aprofundado nos atravessamentos de raça, gênero, classe com o autismo. Então, ela percebeu que a mulher foi negligenciada no autismo. As experiências ocorreram com os homens. Isso, sem contar com a interseccionalidade de raça e de classe social.
A pesquisadora lembra que, em seus estudos, ela própria aprendeu de forma distorcida. O estudo tinha base em estereótipicos. E, claro, como consequência, no capacitismo. Esse é o termo o que define a discriminação de pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes (NDs).
No entanto, para ela, a contribuição de ativistas autistas adultos tem gerado um avanço na informação. Assim, os profissionais da área, tem repensado sua responsabilidade. É preciso manter a esperança. A situação está mudando e mostrando que só a diversidade é que abriga todas as interseccionalidades.
Confira o vídeo com a entrevista completa aqui.
Oito anos atrás, a revista Time lançou uma de suas capas - e matérias -…
O ano era 1968. O Brasil viveu um dos momentos mais conturbados da história, desde…
Muitos perguntam se, de fato, é permitida a presença de um autista na fila preferencial.…
A palavra me alimenta a alma. Para além disso, a palavra nomeia minhas impressões e…
Depois de meu diagnóstico, era comum ouvir das pessoas que essa ou aquela característica, elas…
Alguns pais de pessoas com deficiência, sobretudo pais de autistas, não representam a mim. Muito…